Quase nenhuma

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Palavras poucas. Quase nenhuma.

O entendimento.

O homem mais velho

O homem mais velho mandou que eu apagasse todas as velas que indicavam medo. O homem mais velho ordenou que eu andasse no escuro. O homem mais velho me espiou sentado no seu velho posto. Apaguei metade das velas, andei de olhos fechados, abrindo-os de vez em quando. Uma principiante nos inumeros jogos da vida.. Ao longo do caminho fui apagando mais velas. Fui me guiando melhor através dos sinais do homem mais velho. O sábio, o resistente. Horas o rabujento, o enxerido! Outras o inteiro da perseverança. Não um pedaço..
Habito e sou habitada por um pobre rico coração.. o coração da mulher que sou, o homem velho pulsando forte.

Semi-estoria do menino e dela

Libertou-se. .. E ela engoliu a saliva como se engatilhasse uma arma.

Eclipse

E as vezes eu sinto como se o sol estivesse encostando na lua. Uma mista e dolorosa saudade antiga.. de tudo o que é muito quente ficar frio também na vastidão de um equilibrio saudável. Saudável a dor, saudável a alegria. Ou pelo menos o desejo que se torne. As palavras emboladas dão um quê de conforto.. nem todo mundo as entederia! Se acaso a noite virasse dia e mais do que nunca os dois se tornassem um só. E os espaços entre as respirações diminuissem. E os olhos desesperados acompanhassem o mesmo movimento. E o corpo estático dançasse no mesmo compasso. Mais descompassada seria a vida do espaço universal onde o sol quente fica distante da lua.. como pode?

A terra como testemunha do amor reprimido pelos milhões de kilometros. Ainda bem que eles tem o mar pra mergulhar toda vez que se cansam de iluminar o amor dos outros. Solidários e comprometidos. Seria o mar lágrimas do sol e da lua?

Quando acontece o eclipse, é o momento de extase puríssimo.
Onde são felizes por inteiro.